sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Ele foi me buscar 2

 Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar. Jo 21:7


No texto anterior contamos a história dos discípulos de Emaús (Se não leu, clique AQUI), homens entristecidos pelos acontecimentos sócio-políticos da sua época e que não haviam visto Jesus ressuscitado.


Agora o contexto é outro. Em cena estão os discípulos mais “famosos”. Homens que já haviam visto Jesus pós ressurreição (Jo, 20), mas que não haviam entendido o projeto: o chamado para serem pescadores de almas.


Parece que a intenção deles era, de vez em quando, ver Jesus e voltar a velha vida que tinham. Não à toa, o Senhor os encontra da mesma forma que os chamou: cansados de uma noite de trabalho infrutífera, sem ter o que comer.


O texto diz, ainda, que Pedro estava nu. A nudez foi a primeira percepção que o homem, agora conhecedor do pecado, identificou como resultado da queda (Adão e Eva).


Para alguns Jesus é assim: alguém a ser visto vez ou outra mas impossibilitado – pela dureza do coração do homem – de trazer transformação, logo, terminado o culto, a velha vida está lá aguardando com suas frustrações, com seus pecados.


Que tal viver uma nova vida em Cristo Jesus? Ele te chama.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Ele foi me buscar

E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; E como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram...


A tristeza que os discípulos carregavam em seus corações ao descerem para a aldeia de Emaús tem explicação: a alocação errônea de suas expectativas.


A primeira e principal é não reconhecer Jesus como O Filho de Deus. O Senhor é tratado aqui como “Jesus Nazareno”, expressão comumente usada por aqueles que não reconheciam sua divindade, “apelidando-O” com sua origem humana. Reforçada por "homem profeta".


Além de errarem quanto a Pessoa, erraram quanto ao objetivo. Ao dizerem que esperavam que Jesus “remisse Israel”, tal expressão está muito associada a ideia dos Judeus de um Messias que os libertasse do julgo do império romano. Para tais, O Cristo seria um homem forte, valente, guerreiro, talvez, montado em um cavalo com uma poderosa espada. Ao não perceberem que o véu do templo se rasgou do alto a baixo, que Jesus venceu a morte e abriu um novo caminho, erraram quanto ao projeto do Salvador, que não era político, mas espiritual.


Bem, insatisfeitos com o deus que não era o que queriam que fosse, a murmuração continua colocando a culpa dos males daqueles dias nos sacerdotes e nos príncipes.


A morte de cruz de Cristo foi uma combinação improvável da junção do poder religioso com o poder político.


Nossos dias não são diferentes. As pessoas estão decepcionadas com os religiosos, com os políticos, mas muitas também estão insatisfeitas com o próprio Deus. Logicamente, tal insatisfação surge de expectativas geradas dentro do coração. Pessoas que querem um Deus que sirva as suas vontades. Uma inversão entre criatura e Criador.


É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; E, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive. E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém, a ele não o viram. Lucas 24:19-24


O texto bíblico relata as muitas testemunhas que provavam a promessa do Senhor que ressuscitaria, logo, o sepulcro estaria vazio. Contrariando a lógica, os discípulos se mostravam tristes, contrariados.


Aqui está representado aquele tipo de pessoa que nada está bom. Se o sepulcro está vazio, em vez de acreditar na ressurreição, talvez, prefiram acreditar na mentira espalhada que os discípulos furtaram o corpo de Jesus (Mt 28) – ora, eles eram discípulos e se eles não furtaram … - . E se o sepulcro estivesse com o corpo de Jesus, suas promessas não seriam verdade, logo, estaria ruim também.


Apesar de tanta tristeza e decisões erradas no coração daqueles homens, o Rei da Glória, ressuscitado, vai buscá-los novamente. Coloca em prática e parábola do pastor que vai atrás de uma ovelha perdida. 


Foi assim comigo, descendo para Emaús e procurando a beira do caminho algum motivo para alegria. Achando alguém para reafirmar minhas tristezas e frustrações para consolo mútuo nos meus próprios erros. Mas Ele me encontrou. Aleluia!

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Imerecido, mas no palácio do Rei.

2 Samuel, 09,13: Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto sempre comia à mesa do rei, e era coxo de ambos os pés.

 

Os costumes dos reis que assumiam um novo reino era escravizar ou matar toda a família real anterior. Lógico, ninguém queria uma célula antiga que pudesse com o tempo “dar um golpe de estado”.

 

Porém, Davi ao assumir o trono pós Saul, questiona se há alguém da dinastia anterior e para surpresa de todos, em vez de agir como de costume, traz para dentro do palácio aquele que era para ser rejeitado.

 

Mefibosete é o nome dessa personagem. E mais, não bastasse seu parentesco com Saul, era coxo de ambos os pés, ou seja, não tinha lá muita serventia para as funções e sociedade da época.


Às vezes somos como Mefibosete. Não temos um parentesco que ajude, uma boa política, nem a “sorte” da riqueza ou daquilo que são os valores que regem esse mundo. Às vezes, ainda, coxo dos pés, não por situação que buscamos ou queremos, não podemos satisfazer o que se espera de nós e logo vem o abandono.

 

Mas aprouve ao Senhor Jesus, com sua morte de cruz e ressurreição, a nos remir com Seu Sangue, nos tirar do parentesco do rei antigo e nos trazer para dentro do palácio, mesmo com nossas deficiências.

 

E perceba, Mefibosete não era usado quando todos faltavam. Não era um “tapa buraco” do palácio. Ele sempre estava lá na mesa. Com a mesa farta ou mais modesta, com o palácio em festa ou um dia cotidiano, o Rei não lhe escondia.

 

Espere sempre no Rei que não te esconde e não tem vergonha de você.