... somos reputados como ovelhas para o matadouro. Sl 44:22b
Em
seu “desabafo reclamista”, o salmista se vê como ovelhas para o matadouro.
Seria, em uma aplicação prática, uma vida sem perspectiva, à espera da morte, lançados
a própria sorte.
Essa
é a condição deplorável do homem que se tornou inimigo de Deus pelo pecado (Cl
01:21).
O
remédio para esse mal, até então, foi provisório, paliativo, passageiro e
limitado: o derramar do sangue de um animal.
Samuel
já demonstrara ao povo que essa proposta ritualística não resolveria ... (I Sm
15).
Como a obra de salvação não se trata de um esforço humano que sobe a eternidade e sim uma provisão do céu, Isaías já deixou a profecia sobre Jesus: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca”. Is 53:07.
Vendo que o homem estava emudecido e levado ao matadouro
pelo pecado, em um caminho sem volta, aprouve ao PAI entregar o Cordeiro que
tira o pecado do mundo. O sacrifício perfeito, definitivo, eterno.
Lucas registrou no capítulo 23 a profecia se cumprindo: E interrogava-o com muitas
palavras, mas ele nada lhe respondia (vs 09).
O
final, caro leitor, você já conhece. Ele foi a cruz, desceu no abismo da morte.
Foi como ovelha muda. Ele foi para que nós pudéssemos ficar. Ele emudeceu para
que nós pudéssemos clamar, orar, glorificar. Aleluia!