Porque eu já lhe fiz saber que julgarei a sua casa para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu. 1 Samuel 3:13
A
ordenação ao Ministério ou mesmo a qualquer outra função na casa do Senhor traz
uma grande responsabilidade intrínseca: a mordomia. Não que ela já não exista
com o simples fôlego da vida, sim, existe, mas agora, “... a quem muito é dado
muito será cobrado...”. Está confuso? Calma, você já vai entender.
Ao
contrário do significado conhecido popularmente (folga), mordomia é zelar,
cuidar daquilo que não é seu e lógico, prestar contas disso.
O
grande problema de ser alçado à "importantes funções" é a máxima do Spider
Man: “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. É necessário ter
coragem pra fazer o que precisa ser feito, tomar decisões difíceis, algumas,
inclusive, pouco populares.
São
nessas omissões que se multiplicam escândalos diários dentro do mundo religioso
sem que providências cabíveis sejam tomadas. Ovelhas recebem cajadadas deixando
um rastro de sangue, ficando à mercê dos lobos debaixo dos olhos daqueles que
estão mais preocupados com seus cargos ou manter seu clubismo.
Creio
que muitos leitores, um pouco mais antigos na fé, devem puxar algum caso à
memória.
Voltemos
ao texto. Eli era sacerdote e julgou Israel por muito tempo, porém, diante dos
pecados dos seus filhos, negligenciou em tomar providências contra sua prole. O
resultado foi a profecia descrita no texto base.
Os
“Elis” de hoje que permitem casos de pedofilia, adultério, entre os mais
diversos maus tratos com as ovelhas é que envergonham o evangelho. Deus um dia
tratou com os filhos de Eli por seus erros e imoralidades. Tratou com o sacerdote
também. Sua “unção” não o poupou do juízo de suas prevaricações.
E a
nós? Faremos justiça com as próprias mãos? Não, primeiramente daremos conta da
nossa mordomia e não da mordomia do vizinho. Segundo que não nos deixaremos
escandalizar, pois nosso Senhor já nos dissera que seria assim. Terceiro que
nos manteremos vigilantes em oração, a espera do Guarda de Israel, da ação Daquele
que não dorme (Sl 121, 04).