E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se. Mt 27:60
José
de Arimatéria é chamado no evangelho segundo João como “discípulo
oculto”. Talvez, essa não fosse uma nomenclatura elogiosa, já que
o próprio Jesus havia dito que não se acende uma candeia para
colocar debaixo de um cesto. Além de citado como homem rico, não há
muitas outras informações a seu respeito.
Nosso
personagem ficou conhecido por colocar Jesus num sepulcro e foi-se.
Não mais aparece nos registros bíblicos.
Deve
ter dado muito trabalho abrir um sepulcro na pedra. Um esforço
enorme, sendo que naquela época, ferramentas e máquinas não eram
tão avançados como nos nossos dias.
Não
é difícil de perceber que todo o esforço humano serve única e
exclusivamente para se cavar um sepulcro na pedra da vida. Toda
riqueza de “Arimateia” lhe permitiu cavar um sepulcro. Novo para
quem tinha e tem dinheiro. Usado para os menos abastados
financeiramente. Tanto faz, todo homem caminha pra lá.
Foi
isso que José de Arimateia ofereceu a Jesus: o lugar que lhe
pertencia (José), que era dono por legitimidade, tanto por sua compra
financeira, tanto por seus pecados. Bem certo que não entendeu este
grande mistério. A
grande troca que o Filho de Deus veio fazer conosco.
Talvez,
ainda, se alguém perguntasse aquele homem se ele conhecia Jesus,
numa conjectura, poderia dizer que tanto conhecia que O tinha dentro
de um sepulcro particular: um Jesus que não fala, não aconselha,
não age, não muda vidas.
O
Cristo que anunciamos não é Aquele que pode ser carregado, levado,
jogado num túmulo e nada pode fazer. O Jesus que anunciamos é
Aquele que ressuscitou, venceu a morte e nos garantiu que o túmulo
não é o lugar Dele e nem daqueles que lhe servissem. Amém.