segunda-feira, 22 de julho de 2019

A oferta de José de Arimateia a Jesus



E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se. Mt 27:60

José de Arimatéria é chamado no evangelho segundo João como “discípulo oculto”. Talvez, essa não fosse uma nomenclatura elogiosa, já que o próprio Jesus havia dito que não se acende uma candeia para colocar debaixo de um cesto. Além de citado como homem rico, não há muitas outras informações a seu respeito.

Nosso personagem ficou conhecido por colocar Jesus num sepulcro e foi-se. Não mais aparece nos registros bíblicos.

Deve ter dado muito trabalho abrir um sepulcro na pedra. Um esforço enorme, sendo que naquela época, ferramentas e máquinas não eram tão avançados como nos nossos dias.

Não é difícil de perceber que todo o esforço humano serve única e exclusivamente para se cavar um sepulcro na pedra da vida. Toda riqueza de “Arimateia” lhe permitiu cavar um sepulcro. Novo para quem tinha e tem dinheiro. Usado para os menos abastados financeiramente. Tanto faz, todo homem caminha pra lá.

Foi isso que José de Arimateia ofereceu a Jesus: o lugar que lhe pertencia (José), que era dono por legitimidade, tanto por sua compra financeira, tanto por seus pecados. Bem certo que não entendeu este grande mistério. A grande troca que o Filho de Deus veio fazer conosco.

Talvez, ainda, se alguém perguntasse aquele homem se ele conhecia Jesus, numa conjectura, poderia dizer que tanto conhecia que O tinha dentro de um sepulcro particular: um Jesus que não fala, não aconselha, não age, não muda vidas.

O Cristo que anunciamos não é Aquele que pode ser carregado, levado, jogado num túmulo e nada pode fazer. O Jesus que anunciamos é Aquele que ressuscitou, venceu a morte e nos garantiu que o túmulo não é o lugar Dele e nem daqueles que lhe servissem. Amém.