quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sansão e o leão


Jz 14, 06a e 09

Então, o Espírito do Senhor se apossou dele tão possantemente, que o fendeu de alto a baixo.
E tomou-o nas suas mãos e foi-se andando e comendo dele; e foi-se a seu pai e sua mãe e deu-lhes dele, e comeram, porém não lhes deu a saber que tomara o mel do corpo do leão.

Utilizando-se do benefício de ter consigo o Espírito do Senhor, Sansão mata um leão. Ao retornar vê que no Leão fendido havia mel. Sansão retira o mel e leva-o a sua família que sem saber a procedência deste, delicia-se com a doçura.
Assim é vida do servo. Nossos familiares não sabem da luta que enfrentamos, não sabem quantos leões tivemos que matar, das madrugadas, das orações, das súplicas, mas estão provando e provarão durante muito tempo da doçura do mel (benção do Senhor), fruto da luta da igreja. (A oração não é algo temporal. Nós herdamos os frutos da oração de Jesus por sua igreja, talvez você nunca parou para pensar, mas eu ou você na presença do Senhor podemos ser fruto de orações de um avô, avó, parentes, conhecidos e desconhecidos que “lutaram com Deus” por nós).
Por fim, ser família é muito bom, afinal de contas, quem não quer mel de graça? Mas sinceramente, melhor é ser servo, pois tem-se o mel e ainda a melhor parte, o Espírito do Senhor.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A santidade na casa


Lv 27

14: E quando alguém santificar a sua casa para ser santa ao SENHOR, o sacerdote a avaliará, seja boa ou seja má; como o sacerdote a avaliar, assim será.
Com o passar do tempo os religiosos trataram de deturpar alguns ensinos. Santidade deixou de ser uma separação do mundo, uma questão pessoal, uma intimidade com o Senhor para ser algo exterior, aparente. Isso não é exclusivo do nosso tempo, mas o próprio Senhor Jesus encontrou a mesma situação em Israel.

Mateus: 23: 25
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade.

Se a santidade é algo aparente e as “instituições” que falam de Deus se tornaram políticas, achamos consolo no 1º texto. Não importa a aparência da casa, não importa se a pessoa é de fala mansa e emotiva. Se alguém deseja realmente santificar sua casa ao Senhor, passará pelo crivo, pela inspeção do sacerdote (Jesus).

Hebreus: 3: 1
POR isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,

Ele é quem vai dizer se é boa ou má. O Sacerdote analisa o interior da casa, nada fica escondido, nem aquela mágoa que estava varrida para debaixo do tapete, nem aquele pensamento atrás da porta nem mesmo aquele “pecadinho” escondido dentro do pote de Nescau atrás do vidro de maionese....nada....nada vai ficar sem que a luz do Senhor não alcance e revele toda a casa. Assim, santidade não é uma medida dada por homens, mas é o quanto Jesus vai dizer da sua casa (coração).

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estudo -- O Contrato


Mt 26, 27

E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos.

A celebração da ceia por Jesus foi muito mais do que uma refeição e uma ordenança que aquela ato se repetisse. Jesus celebra naquele momento um contrato, uma aliança com os seu discípulos e principalmente, com sua igreja.
Hoje os contratos são formais, tem modelos, aspectos próprios, características que cercam o mundo jurídico, mas antigamente uma das formas de contrato usada era quando duas pessoas bebiam na mesma taça, no mesmo copo, o mesmo líquido e isso fazia entre as partes um contrato. A simbologia ali representada era o toque da boca. Era o firmar de uma palavra que deveria ser cumprida. Na celebração do cálice isso ocorreu.
Pois bem, o que dizia, ou melhor, o que era esse contrato? Jesus deixa claro que Ele morreria, daria a sua vida para que nós tivéssemos direito a vida eterna. O pacote da salvação vem incluso uma série de benefícios que dizem respeito a economia de Deus, mas o foco central é ir morar nas mansões celestiais.
O grande problema do evangelho hoje, bem como era o mesmo dos discípulos aquela época é que o homem já chega ao Senhor com seu contrato pronto. Já tem seus pedidos, já tem suas vontades e principalmente suas expectativas formadas. A materialização da fé fez com que o objeto central deste contrato de Deus com os homens que é a salvação, se deturpe, ficando somente em curas, enriquecimento, etc, fatores estes secundários. Há um problema ainda maior nesta ação. No mundo jurídico, celebrado um contrato entre as partes, o credor não precisa receber prestação diversa daquela que foi estipulada. Jesus é o credor, Ele detém a benção, a vida. Tudo que temos devemos a Ele. Ao invés de dar o pagamento devido (oração, leitura a Palavra, Jejuns, louvores, enfim, o coração a Deus), alguns preferem substituir o objeto da prestação. Querem que Deus aceite valores materiais como única prova de fidelidade. Querem trocar algumas peças e cláusulas já bem definidas, como por exemplo a igreja e o pastor, agora trocados pela comodidade da televisão. Querem usar o Espírito Santo para dar espetáculos.
Há um grande risco de dar ou mesmo de se manter no coração a possibilidade de dar uma prestação diversa do contrato original. Alguns textos bíblicos vão embasar essa situação com os discípulos. Podemos ver que quando o Senhor foi crucificado, a Palavra nos mostra dois bons exemplos que são os discípulos no caminho de Emaús (Lc 24, 13 e seguintes) e os discípulos que voltaram a pescar (Jo 21, 01 e seguintes). Em comum, todos tiveram uma experiência com o Senhor mas naquele momento tinham desobedecido a orientação e estavam voltando de onde vieram, voltando para as velhas práticas das quais já estavam libertos. Por que eles voltaram? Por que estavam tristes? Havia em Israel, uma grande expectativa que o Messias seria um Rei aguerrido, que viria em um cavalo branco, levantaria a espada e libertaria os judeus do domínio do Império Romano. Vemos durante os evangelhos este desejo expresso nas ações dos discípulos. Quando viram Jesus pregado na cruz, após toda humilhação passada, em que pese Jesus ter avisado sobre isso, (Mt 17, 22-23) morreu nos discípulos toda a expectativa de um Israel político liberto. Assim é o homem hoje, muitos abandonam a fé por não serem atendidos naquilo que eram a vontade do seu coração e voltam para Emaús (mundo).
Mas Jesus cumpre sua parte. Vai a cruz. Dá a sua vida por amor a nós. Interessante a última frase dita pelo Senhor: “Está tudo consumado”. Era como se dissesse, que todo o projeto do Pai, do início da humanidade até a sua redenção estava ali cumprido, o contrato estava feito. Não estava assinado por uma caneta, sujeito a deterioração do tempo, sujeito as inadimplências do homem, mas estava assinado com sangue precioso, sangue inocente. A prestação que cabia a Deus, outorgada em seu filho Jesus estava cumprida exatamente como no projeto inicial.
Deus deu ao homem SINAIS evidentes da celebração de um novo contrato. Diz a Palavra que houve trevas sobre a face da Terra, um terremoto e que alguns que haviam morrido ressuscitaram (Mt 27, 32 e segts). Os ritos pascais foram alterados. Não havia luz para fazê-los. Alguns tinham que reconstruir suas casas, danificadas pelo terremoto, outras estavam a comemorar a vida daqueles que tinham morrido. Na páscoa do Egito após as trevas ocorreu a morte dos primogênitos. Em Jesus, após a morte do primogênito de Deus, houve a ressurreição. Jesus trouxe vida. Mas houve um sinal ainda mais marcante. O véu do templo se rasgou do alto a baixo. O véu do templo não era uma fina cortina. Era linho retorcido, da grossura de um punho. Rasgou-se de cima a baixo para mostrar que a provisão era do alto e não do homem. (Mc 15,38) O véu era o símbolo do velho contrato, separava o santo dos santíssimo. Separava o lugar do homem do lugar de Deus. O rasgar do véu era o dizer de Deus claramente que estava destituído, totalmente sem validade o velho contrato e estava formado agora um novo contrato, a nova aliança, agora não mais na lei, mas na graça, no favor imerecido de Deus para com o homem.
O contrato não foi feito somente com aqueles doze homens, mas Jesus vai dizer que aquele ato deveria ser repetido. Este ato é para a igreja fiel, é a aliança do Senhor com a noiva amada. Traz consigo o derramar do Espírito Santo, é Ele que vai ajudar o homem a cumprir sua parte no contrato. Temos agora o sacerdócio universal do crente, temos acesso direto ao Senhor, a salvação, a vida eterna.
Ah, caso você queira reclamar alguma coisa no contrato, procure um bom advogado.
I Jo 02, 01b “Temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A grande luta


Gn 25, 22a
E os filhos lutavam dentro dela;
A história da gravidez de Rebeca é uma bela representação da luta que o homem enfrenta.  Diz à palavra que os filhos de Rebeca lutavam dentro dela. Quando nasceram os gêmeos, Esaú era forte, gostava de viver perigosamente, longe da tenda, nas caças. Jacó era varão simples e habitava nas tendas.

O homem gera em si duas vidas. E assim como Esaú e Jacó nasceram disputando, essas duas vidas que estão em nós, sempre estão a disputar. De um lado a carne e do outro o Espírito. É uma guerra!

A carne pede uma vida instigante, aventureira, é a busca do novo todos os dias, mas que nunca está completa...
O desejo da vida espiritual é estar perto da tenda, da igreja, próximo ao Pai...

A decisão de Rebeca foi ajudar a Jacó. A quem você vai ajudar?
mensagem: D. Farage.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Transfiguração


 Mt 17, 4 -8.
 E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias.E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o.E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande medo. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo. E, erguendo eles os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus.

        A falta da revelação de um texto bíblico faz com que ele possa ser usado para dar base a doutrinas e ensinos estranhos.
        Era costume em Israel, quando ocorria alguma manifestação por parte de Deus, a construção no local  de um pequeno altar para adoração ao Senhor. Ao ver o desvio de foco que Pedro teve em explanar sua “boa” intencionada ideia em fazer três altares, Deus Pai intervém dizendo que a Jesus eles deveriam ouvir.  Jesus não pode ser dividido. Ele é único, o Salvador.
        Mas é interessante que quando Deus Pai falou, os discípulos temeram. Jesus aproxima-se deles e disse que não precisavam temer. Na velha aliança, havia no povo de Israel um sentimento mesclado de louvor / respeito e medo.
Jesus veio justamente para aproximar o homem de Deus. Mostrar que o Senhor não era um Deus vingativo por causa do pecado, mas sim um Deus justo. Mostrar que não precisavam temer, porque Jesus sempre estaria com eles, até a consumação dos séculos.
        Por fim, de um olhar para baixo e atônito, eles levantam os olhos, colocam-se de pé, vêem a Jesus e encorajam-se  para os desafios que os esperavam lá no vale. A igreja é este lugar, onde vemos a glória de Jesus manifesta e enchemo-nos de fé para os desafios que nos esperam. Agora, sem medo.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O Reinado da Salvação


II Sm 02, 07
Esforcem-se, pois, agora as vossas mãos, e sede homens valentes, pois Saul, vosso senhor, é morto, mas também os da casa de Judá já me ungiram a mim rei sobre si.

Davi e Saul não eram parentes consanguíneos próximos. A tradição da realeza nem bem havia começado e logo já foi quebrada. Ao invés do filho de Saul ou algum parente próximo assumir o reino em Israel, o Senhor dá o reinado a Davi.

Davi assume o reino sabendo que se não obedecesse ao Senhor, Ele o retiraria e colocaria outro no seu lugar. Pois bem, o novo rei tinha duas missões, manter o seu reino e fazer com que ele, após a sua morte, continuasse.

Essa é a história do reino da salvação que herdamos do Senhor. Não fizemos nada para merecê-lo, não éramos parentes (somos gentílicos). Assumimos o reino pela herança do sangue de Jesus mas sabendo de uma coisa, se não administrarmos o que o Senhor nos deu, ELE coloca outra no nosso lugar. (Aprendemos isso muito bem com a parábola do MORDOMO INFIEL).

Por fim, é importante saber que o reino tem que ser transmitido após a morte. O reino da salvação começa aqui quando conhecemos ao Senhor, mas na verdade temos que fazer com que este reino atravesse esta vida temporal que vivemos e possamos continuar o reinado na eternidade ao lado do nosso REI.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A arca


Gn 06, 14

Faze para ti uma arca de madeira de Gofer, farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume.

      Deus anuncia que era findo o tempo do homem devido a multiplicação da maldade. A solução era a construção de uma obra revelada pelo Senhor. O projeto estava pronto, havia detalhes que deveriam ser cumpridos a risca, dias contados, tamanhos exatos. O juízo viria. A salvação estava na obediência.

        Havia motivos para a duvida. Aquele juízo dificilmente se estabeleceria numa região desértica. Mas ele veio. E enquanto as pessoas casavam e davam-se em casamento, uma família se salvou.

        A arca deveria ser betumada (Espírito Santo que tampa as brechas que nem sempre são vistas pelo homem), tinha três andares (presença da Trindade), cinquenta covados de largura ( ministério). Havia medidas para as janelas, mas não havia tamanho para a porta. A porta que faz a divisão entre o externo e o interno, a entrada e a saída, a porta que é um marco e separa ambientes é figura de Jesus, que como na arca, não tem tamanho, não tem medidas. Jesus é para todos. Não existe um limite, um número. Há lugar para todos na arca. Uma família será salva. Aqueles que tem o sangue de Jesus...estes são os seu pais, irmãos...