terça-feira, 8 de agosto de 2023

Com grandes poderes, grandes responsabilidades!

Porque eu já lhe fiz saber que julgarei a sua casa para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu. 1 Samuel 3:13

 

A ordenação ao Ministério ou mesmo a qualquer outra função na casa do Senhor traz uma grande responsabilidade intrínseca: a mordomia. Não que ela já não exista com o simples fôlego da vida, sim, existe, mas agora, “... a quem muito é dado muito será cobrado...”. Está confuso? Calma, você já vai entender.

 

Ao contrário do significado conhecido popularmente (folga), mordomia é zelar, cuidar daquilo que não é seu e lógico, prestar contas disso.

 

O grande problema de ser alçado à "importantes funções" é a máxima do Spider Man: “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. É necessário ter coragem pra fazer o que precisa ser feito, tomar decisões difíceis, algumas, inclusive, pouco populares.

 

São nessas omissões que se multiplicam escândalos diários dentro do mundo religioso sem que providências cabíveis sejam tomadas. Ovelhas recebem cajadadas deixando um rastro de sangue, ficando à mercê dos lobos debaixo dos olhos daqueles que estão mais preocupados com seus cargos ou manter seu clubismo.

 

Creio que muitos leitores, um pouco mais antigos na fé, devem puxar algum caso à memória.

 

Voltemos ao texto. Eli era sacerdote e julgou Israel por muito tempo, porém, diante dos pecados dos seus filhos, negligenciou em tomar providências contra sua prole. O resultado foi a profecia descrita no texto base.

 

Os “Elis” de hoje que permitem casos de pedofilia, adultério, entre os mais diversos maus tratos com as ovelhas é que envergonham o evangelho. Deus um dia tratou com os filhos de Eli por seus erros e imoralidades. Tratou com o sacerdote também. Sua “unção” não o poupou do juízo de suas prevaricações.

 

E a nós? Faremos justiça com as próprias mãos? Não, primeiramente daremos conta da nossa mordomia e não da mordomia do vizinho. Segundo que não nos deixaremos escandalizar, pois nosso Senhor já nos dissera que seria assim. Terceiro que nos manteremos vigilantes em oração, a espera do Guarda de Israel, da ação Daquele que não dorme (Sl 121, 04).

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

O que a ovelha espera

 Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Salmos 23:2

 

Certa vez eu conversava com uma pessoa e dizia a ela que a manutenção da ovelha na igreja bem como o crescimento do rebanho estava muito ligado a permanência em “verdes pastos” e uma guia mansa à “águas tranquilas”. Neste sentido, cercar o aprisco de arame farpado não segura ovelha ou quando mantém, cria-se ovelhas em condições de estresse. Sob tais condições elas não reproduzem, o rebanho envelhece, ...

 

Se a pregação voltada a prosperidades desta vida, um evangelho fácil, enriquecedor, não tem base bíblica, o seu contrário também é verdadeiro. Esbravejar, gritar, trovejar ameaças do tipo: “se sair vai morrer”, “por isso nada dá certo”, “se não vier no culto X, se não fizer Y, ...”, “é por isso que está com problemas na família...”, não parece ser um caminho promissor.

 

Oras, a lei da semeadura não foi revogada. Evidente que trilhar um caminho sem Deus pode tornar as coisas mais difíceis. Longe do conselho do Pai, da oração do corpo, é mais fácil tropeçar.

 

Porém, quando o filho pródigo dá o pai por morto e pede sua herança, a bíblia não narra um pai que ameaça o filho, dizendo que ele morreria, que ficaria doente ou coisas parecidas. Na verdade, essa conversa até poderia ter acontecido em algum momento da lida na fazenda e durante o processo de educação do jovem, mas veja, será que um Pai amoroso viveria de castigar mentalmente seu filho ameaçando-lhe diariamente? Não parece ser essa a hipótese.

 

Todas os males advindos na vida do pródigo vieram de suas próprias escolhas. Semeou, colheu. E não de um Deus mau, vingativo.

 

Se for para olhar Deus sob essa ótica, é difícil pregar que a justiça Dele se manifestará com nossas lágrimas sendo enxugadas na eternidade. Pior, ainda, seria explicar como pessoas ruins tem saúde, dinheiro, uma boa família, etc.

 

O pastoreio da ovelha deve levá-la ao descanso do aprisco divino. Sim, com avisos dos riscos dos lobos que as cercam, mas sobretudo, com pastagem verde, com águas tranquilas e um guiar manso.

quinta-feira, 2 de março de 2023

Como ovelha para o matadouro

... somos reputados como ovelhas para o matadouro. Sl 44:22b

 

Em seu “desabafo reclamista”, o salmista se vê como ovelhas para o matadouro. Seria, em uma aplicação prática, uma vida sem perspectiva, à espera da morte, lançados a própria sorte.

 

Essa é a condição deplorável do homem que se tornou inimigo de Deus pelo pecado (Cl 01:21).

 

O remédio para esse mal, até então, foi provisório, paliativo, passageiro e limitado: o derramar do sangue de um animal.

 

Samuel já demonstrara ao povo que essa proposta ritualística não resolveria ... (I Sm 15).

 

Como a obra de salvação não se trata de um esforço humano que sobe a eternidade e sim uma provisão do céu, Isaías já deixou a profecia sobre Jesus: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca”. Is 53:07.

 

Vendo que o homem estava emudecido e levado ao matadouro pelo pecado, em um caminho sem volta, aprouve ao PAI entregar o Cordeiro que tira o pecado do mundo. O sacrifício perfeito, definitivo, eterno.

 

Lucas registrou no capítulo 23 a profecia se cumprindo: E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia (vs 09).

 

O final, caro leitor, você já conhece. Ele foi a cruz, desceu no abismo da morte. Foi como ovelha muda. Ele foi para que nós pudéssemos ficar. Ele emudeceu para que nós pudéssemos clamar, orar, glorificar. Aleluia!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

A completude do evangelho.


 E um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso. Lucas 01:11

Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. Lucas 01:30

E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Lucas 02:10


Zacarias estava no templo. Foi ali que o anjo anunciou o nascimento de João Batista (v.11) – que por sua vez, anunciaria a Cristo. Maria estava em casa. Lá foi o anjo anunciar que ela ficaria grávida do Salvador (v.30). Os pastores estavam no campo trabalhando. Advinha? (v.10)

 

Há muitos que querem viver uma experiência com Jesus somente no templo. Vez ou outra, aparecem em algum culto a noite para mostrar que estão em dia com suas “obrigações espirituais”.

 

Porém, somos chamados a viver a completude do Evangelho. Há sim um encontro com o Salvador no templo. Cada culto é uma festa na presença Daquele que nos prometeu que onde houvesse dois ou três reunidos em Seu nome ali Ele estaria. Mas o culto é uma parte. É, inclusive, a menor (do ponto de vista cronológico), pois é onde passamos menos tempo.

 

Há um anúncio no nosso lar; no trato com a esposa/marido, filhos. Nos momentos que a sociedade não vê, onde as máscaras das redes sociais pouco ou nada podem fazer. Lá, é você, sua família e Deus.

 

Há um anúncio no seu trabalho. Seu ganha pão não é uma forma de ficar rico, até porque, ninguém leva nada dessa vida, mas é uma importante ferramenta para evangelizar.

 

O evangelho é completo. Quando da Obra de Redenção, Deus envia anúncios a todas as áreas da vida do homem.

 

Sua igreja, seu trabalho, sua família também precisam provar deste anúncio. Naquela época, foram os anjos. Hoje, essa missão é nossa!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Há salvação!

 

E, acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada, e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido. At 16:27


Narra a Bíblia que o carcereiro ACORDA e diante do cenário que acabara de descobrir, tenta antecipar algo que lhe seria imposto no futuro.


Antes que a morte o tragasse, Paulo apresenta ao carcereiro uma PALAVRA que muda sua sorte.


Qualquer ser humano que ACORDASSE hoje do sono da ignorância e tivesse ciência que existe uma sentença futura lhe esperando – a morte eterna – Rm 06, 23a ...”Porque o salário do pecado é a morte,...”, poderia, talvez, em um ato de desespero, antecipar o que seria futuro. Não há defesa, não há recurso humano.


Mas um dia o ESPÍRITO SANTO usou algum servo que nos trouxe uma PALAVRA de esperança: há salvação!


E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. At 16:31

 

Aleluia! A sentença que nos era imposta foi rasgada na Cruz do Calvário.

sábado, 6 de agosto de 2022

E Glorificavam a Deus por causa de mim.

 E glorificavam a Deus a respeito de mim. Gl 01:24


A vida em igreja não se trata sobre o quão bom pode ser uma palavra entregue por um pregador ou o quanto agradável foi o louvor essa noite. Sim, isso faz parte. Mas nem, de longe, se aproxima da experiência que Cristo separou para seus salvos.


Em Mateus capítulo 20 o próprio Senhor Jesus já havia deixado claro que veio para servir e não para ser servido. Afirmou aos discípulos que essa também seria a obrigação daqueles que carregariam o evangelho.


Ocorre que desde a época do Deus que se fez carne, a ceara é grande e poucos os ceifeiros. Muita gente pra alimentar, poucos para distribuir os alimentos. Não parece muito diferente dos nossos dias…


Caro leitor, eu não tenho ideia da experiência que você vive na assembleia dos eleitos. Mas Paulo, escrevendo aos Gálatas, afirmou inspirado pelo Espírito Santo, que a igreja glorificava a Deus por sua vida. Aqui, quero terminar este texto com duas pequenas reflexões:


1 – Era a igreja que glorificava pela vida de Paulo e não ele que se gloriava. Aliás, lendo suas cartas, fica muito claro o quanto aquele servo se mostrava imerecido perante o Senhor, mas a graça de Deus o sustentava.


2 – A igreja glorificava pela vida de Paulo, pelo seu trabalho, pelas suas palavras, suas pregações, enfim, pela forma que o Senhor o usava. Você pode dizer o mesmo? Sua igreja glorifica a Deus por sua vida? Se sim, continue orando ao Senhor para que te mantenha nessa posição. Se não, se ainda não descobriu a benção de servir, ou se seu serviço não leva a glorificação (e aqui eu lembro de uma serva que me procurou dizendo que “cortava volta” do ciclano, pois ele só sabe “bater”), é hora de rever sua experiência no Corpo de Cristo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Ele foi me buscar 2

 Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar. Jo 21:7


No texto anterior contamos a história dos discípulos de Emaús (Se não leu, clique AQUI), homens entristecidos pelos acontecimentos sócio-políticos da sua época e que não haviam visto Jesus ressuscitado.


Agora o contexto é outro. Em cena estão os discípulos mais “famosos”. Homens que já haviam visto Jesus pós ressurreição (Jo, 20), mas que não haviam entendido o projeto: o chamado para serem pescadores de almas.


Parece que a intenção deles era, de vez em quando, ver Jesus e voltar a velha vida que tinham. Não à toa, o Senhor os encontra da mesma forma que os chamou: cansados de uma noite de trabalho infrutífera, sem ter o que comer.


O texto diz, ainda, que Pedro estava nu. A nudez foi a primeira percepção que o homem, agora conhecedor do pecado, identificou como resultado da queda (Adão e Eva).


Para alguns Jesus é assim: alguém a ser visto vez ou outra mas impossibilitado – pela dureza do coração do homem – de trazer transformação, logo, terminado o culto, a velha vida está lá aguardando com suas frustrações, com seus pecados.


Que tal viver uma nova vida em Cristo Jesus? Ele te chama.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Ele foi me buscar

E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; E como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram...


A tristeza que os discípulos carregavam em seus corações ao descerem para a aldeia de Emaús tem explicação: a alocação errônea de suas expectativas.


A primeira e principal é não reconhecer Jesus como O Filho de Deus. O Senhor é tratado aqui como “Jesus Nazareno”, expressão comumente usada por aqueles que não reconheciam sua divindade, “apelidando-O” com sua origem humana. Reforçada por "homem profeta".


Além de errarem quanto a Pessoa, erraram quanto ao objetivo. Ao dizerem que esperavam que Jesus “remisse Israel”, tal expressão está muito associada a ideia dos Judeus de um Messias que os libertasse do julgo do império romano. Para tais, O Cristo seria um homem forte, valente, guerreiro, talvez, montado em um cavalo com uma poderosa espada. Ao não perceberem que o véu do templo se rasgou do alto a baixo, que Jesus venceu a morte e abriu um novo caminho, erraram quanto ao projeto do Salvador, que não era político, mas espiritual.


Bem, insatisfeitos com o deus que não era o que queriam que fosse, a murmuração continua colocando a culpa dos males daqueles dias nos sacerdotes e nos príncipes.


A morte de cruz de Cristo foi uma combinação improvável da junção do poder religioso com o poder político.


Nossos dias não são diferentes. As pessoas estão decepcionadas com os religiosos, com os políticos, mas muitas também estão insatisfeitas com o próprio Deus. Logicamente, tal insatisfação surge de expectativas geradas dentro do coração. Pessoas que querem um Deus que sirva as suas vontades. Uma inversão entre criatura e Criador.


É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; E, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive. E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém, a ele não o viram. Lucas 24:19-24


O texto bíblico relata as muitas testemunhas que provavam a promessa do Senhor que ressuscitaria, logo, o sepulcro estaria vazio. Contrariando a lógica, os discípulos se mostravam tristes, contrariados.


Aqui está representado aquele tipo de pessoa que nada está bom. Se o sepulcro está vazio, em vez de acreditar na ressurreição, talvez, prefiram acreditar na mentira espalhada que os discípulos furtaram o corpo de Jesus (Mt 28) – ora, eles eram discípulos e se eles não furtaram … - . E se o sepulcro estivesse com o corpo de Jesus, suas promessas não seriam verdade, logo, estaria ruim também.


Apesar de tanta tristeza e decisões erradas no coração daqueles homens, o Rei da Glória, ressuscitado, vai buscá-los novamente. Coloca em prática e parábola do pastor que vai atrás de uma ovelha perdida. 


Foi assim comigo, descendo para Emaús e procurando a beira do caminho algum motivo para alegria. Achando alguém para reafirmar minhas tristezas e frustrações para consolo mútuo nos meus próprios erros. Mas Ele me encontrou. Aleluia!

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Imerecido, mas no palácio do Rei.

2 Samuel, 09,13: Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto sempre comia à mesa do rei, e era coxo de ambos os pés.

 

Os costumes dos reis que assumiam um novo reino era escravizar ou matar toda a família real anterior. Lógico, ninguém queria uma célula antiga que pudesse com o tempo “dar um golpe de estado”.

 

Porém, Davi ao assumir o trono pós Saul, questiona se há alguém da dinastia anterior e para surpresa de todos, em vez de agir como de costume, traz para dentro do palácio aquele que era para ser rejeitado.

 

Mefibosete é o nome dessa personagem. E mais, não bastasse seu parentesco com Saul, era coxo de ambos os pés, ou seja, não tinha lá muita serventia para as funções e sociedade da época.


Às vezes somos como Mefibosete. Não temos um parentesco que ajude, uma boa política, nem a “sorte” da riqueza ou daquilo que são os valores que regem esse mundo. Às vezes, ainda, coxo dos pés, não por situação que buscamos ou queremos, não podemos satisfazer o que se espera de nós e logo vem o abandono.

 

Mas aprouve ao Senhor Jesus, com sua morte de cruz e ressurreição, a nos remir com Seu Sangue, nos tirar do parentesco do rei antigo e nos trazer para dentro do palácio, mesmo com nossas deficiências.

 

E perceba, Mefibosete não era usado quando todos faltavam. Não era um “tapa buraco” do palácio. Ele sempre estava lá na mesa. Com a mesa farta ou mais modesta, com o palácio em festa ou um dia cotidiano, o Rei não lhe escondia.

 

Espere sempre no Rei que não te esconde e não tem vergonha de você.


segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Uma ajudinha pra Deus

 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Rm 03:24


Come tudo que você ganha sobremesa. Se tirar nota boa na escola, no final do ano, ganha uma bicicleta. Trabalha e produz que você é promovido e/ou ganha aumento.


Desde o início somos criados e acostumados com um sistema de troca / recompensa. Esse conceito acaba forjando nosso conceito de justiça. Até aí não tem nada de errado. O problema é querer transferir nossos falhos julgamentos para aquilo que é eterno.


E é por isso que tem tanta gente “brigando” com Deus. Acusam o Senhor de toda sorte de injustiça, afinal de contas, tantas pessoas “boas” sofrem e tantas “más” estão desfrutando dos benefícios desta vida. Criatura se levantando contra o Criador. (Sobre isso, leia o Salmo 37).


O evangelho ao nosso redor tem fomentado essa salvação na base da troca. Tem sempre alguém pra pregar que você precisa dar uma ajudinha pra Deus. Dá o dinheiro que você é abençoado, faz isso ou aquilo pra alcançar algo.


Aquilo que a Bíblia diz que deve ser feito para ficarmos mais próximos de Deus (jejuns, orações, etc), de repente, vira um meio para ser salvo em vez de ser gratidão POR JÁ SER SALVO.


No domingo, achei uma ovelha dizendo que fulano passava por uma prova porque ele não fez algo que, na cabeça dela, deveria ser feito “pra Deus”. O problema deste tipo de pensamento é criar um Deus vingativo. Um Senhor que se vinga pois algo não foi feito. E isso não encontra base bíblica. (Tiago 01:13).


Isso não quer dizer que pecado não traz consequência. O que deve ficar claro pra você, caro leitor, é que nossa justiça são como trapos de imundícia para Deus (Is 64:06) e a salvação é pela GRAÇA. É dádiva. Querer colocar pré-requisitos para alcançar o céu é cobrar pedágio num caminho que não foi aberto pelo cobrador.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Decreto que atrapalha a servir

Todos os presidentes do reino, os capitães e príncipes, conselheiros e governadores, concordaram em promulgar um edito real e confirmar a proibição que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões. Daniel 6:7


Caro amigo;


Este negócio de decreto que atrapalha o povo servir a Deus não é de hoje. Não quero com este texto suscitar qualquer contenda ou debate alusivo aos dias atuais. Menos, ainda, um incentivo a transgressão e afronta as autoridades constituídas.

Quero te dizer que Daniel teve, por um período de trinta dias, a “oportunidade de gozar” da não oração a Deus. Era um espaço pequeno de tempo. Qual o mal nisso?

O mal é ficar longe, distante da comunhão e foi isso que aquele jovem rejeitou.

Não permita que a (poli)quarentena edite, além do afastamento social, seu distanciamento de Deus. Ore pelo retorno das igrejas, pelo avivamento do povo. Culto em casa vendo televisão, live, etc, não substitui a comunhão do corpo de Cristo reunido fisicamente.

Pois um dia em teus átrios vale mais que mil em qualquer outro lugar; estar recostado à porta da Casa do meu Deus é melhor que morar nas tendas mais ricas dos ímpios Salmo 84:10

domingo, 2 de agosto de 2020

Presentes para esta vida

Gênesis: 25: 5,6 Porém Abraão deu tudo o que tinha a Isaque; Mas aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu Abraão presentes e,...

Abraão já se encontrava em uma idade bem avançada, bem como sua esposa, quando nasceu o fruto da promessa na sua vida: Isaque. Abraão teve, ainda, outros filhos e, quando perto de sua morte, ocorre o texto que nós lemos; ele dá parte de seus bens aos filhos das concubinas (presentes), e o texto refere-se que ele dá TUDO a Isaque.

Isaque representa o fruto da promessa que é a pessoa do Senhor Jesus. Aquele que um dia nasceu nos nossos corações. Os filhos das concubinas representam a obra criadora que quer parte (todo) dessa herança.

Nesta última hora, devemos saber escolher como dividiremos as prioridades. Presente é algo bom de ganhar, mas sempre é alguma coisa pra essa vida. Nosso corpo precisa de presentes pra viver (um carro, uma casa, roupas, um prato de comida, etc), mas TUDO que temos deve ser entregue para o Fruto da Promessa.

É interessante que Abraão só pôde dar tudo que tinha após sua morte. Nós só conseguimos nos entregar ao Senhor Jesus e lhe dar tudo que temos (nossa vida), quando tomamos a decisão de morrer para o mundo e nascer para esta nova vida, agora em Cristo Jesus .

domingo, 26 de abril de 2020

Quarentena


Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas; Lv 23:42

Uma vez ao ano os Israelitas deixavam suas casas e iam até Jerusalém para comemorar a festa dos Tabernáculos. Nesta época, passavam sete dias morando em cabanas. Precárias cabanas. Período para se lembrar do tempo que os antepassados viveram no deserto.
A Bíblia e a história mostram que o sentimento não era de tristeza pelas limitações a que ficavam expostos. Antes, estavam felizes pela provisão de Deus e ansiosos pelo sétimo dia da festa, dia este que, dentro da cidade de Jerusalém, ocorria o maior e mais esperado dos eventos.
Muitos de nós, em tempo de quarentena, estamos “presos” em cabanas que não oferecem o mesmo conforto que tínhamos anteriormente (cinema, parques, academias, estádios, etc). Lógico que nossas cabanas são desproporcionais àquelas que os israelitas viviam. Também o são entre nós hoje, com alguns vivendo com mais ou menos conforto.
Mas o cerne da questão não é fazer comparações de cabanas e sim de sentimentos. O povo de Deus segue, hoje, vivendo com provas, limitações de recursos, mas acima de tudo, guarda em seus corações dois sentimentos: alegria pela provisão “até aqui nos sustentou o Senhor” e expectativa pelo 7º dia, o Grande Dia, o Dia do Senhor, em que entraremos para morar com Ele na Jerusalém celestial "E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também". Aleluia!

Em meio a tantas notícias de dificuldades, não deixe que o inimigo retire do seu coração os sentimentos que movem o povo de Deus. Confie. Vai passar. Ele já venceu por nós!

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Próximos a partir


e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias. Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações. Ex, 10,22 e 23.

Já faz mais de três dias que alguns (muitos) estão em casa. Você não está preso. Pode sair, ir ao mercado, ao banco. Apenas, limitado. Tem internet, televisão, netflix e outras tantas sortes de conforto que a tecnologia nos trouxe.
Então não podemos nos comparar com as dificuldades que os hebreus viveram no Egito. Três dias dentro de casas apertadas, com pouco ou nenhum conforto. Criança chorando. Mulher reclamando que o marido não arrumou a cozinha. Marido reclamando que já fazia três dias que não saíra para ser escravizado.
Bem, mas se você percebeu que o mundo está em trevas espirituais e se há uma Luz na sua casa que é muito melhor que a luz que liga o celular e a TV (Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Jo 08:12) , assim como os hebreus, somos bem-aventurados, pois está chegando o dia da nossa partida.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

O que a Bíblia diz sobre o coronavírus.


E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. (...) Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. Mt 24; 6,7,8 e 10

Sentados nos bancos de nossas confortáveis – ou não – igrejas, ouvíamos nossos pastores pregarem sobre escândalos, guerras, fenômenos da natureza, pestes como sinal da eminente volta do Senhor Jesus.
Ocorre que estas mensagens sempre nos foram cômodas enquanto corrupção era restrita a política ou a denominação do vizinho, aviões batiam nas altas torres de outro país, tsunamis atingiam o continente asiático e o vírus do ebola dizimava na África. A nós? A nós dizíamos: Alma... descansa, come, bebe e folga”.
Descobrimos com as redes sociais que Deus se cansou do escárnio feito por novelas, carnaval entre outras façanhas das terras tupiniquins (como se no restante da vida o Senhor não condenasse o pecado) e resolveu lembrar que o Brasil também é afetado pela Bíblia, permitindo que as profecias que até então assolavam o restante da humanidade nos atingissem por aqui. Do dia pra noite muitos brasileiros rejeitaram o deboche e o ataque gratuito a religião. Tantos outros divulgam versículos bíblicos como se houvessem aprendido, somente agora, a explicação para o momento que passamos.
Que o mundo entrasse em pânico eu não duvidaria. Mas será que o Cristão deveria estar? Avisado tanto tempo pela Palavra...
Deus anunciou o dilúvio a Noé para que construísse a arca. Avisou a José que ajuntasse em seus celeiros pois a fome viria sobre a terra. Avisos nunca faltaram.
Hoje há pessoas em desespero porque não juntaram nada em seus celeiros e não tem dinheiro para pagar as contas nem do próximo mês (lógico, falo aqui daqueles que podiam fazê-lo e preferem viver como se não houvesse amanhã). Outros juntaram muito e perceberam que, nessas horas, o excesso não faz qualquer diferença.
Para completar a profecia citada, as pessoas estão se odiando entre aqueles que querem voltar ao trabalho X que defendem ficar em casa.
Oro a Deus para que esta pandemia acabe o quanto antes. Que vidas possam ser salvas da morte física, que ninguém venha padecer de fome. Que ao sairmos deste momento possamos ter um povo mais firme nas promessas, a genuína fé possa brotar em corações que, até então, eram apenas desertos. A Palavra, como sempre, nos avisa: Jesus voltará!

quinta-feira, 12 de março de 2020

Entre dois reis


No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; ... Isaías 06:01a

Isaías teve a oportunidade de ver dois reinos. O primeiro reino era o de Uzias e o segundo o do Senhor. “Coincidentemente”, este só fora visto depois que o rei daquele morreu.

O primeiro reino teve grandes avanços na engenharia, na força bélica, nas construções e na agricultura. Seu rei era um homem que entrou no templo, desobedeceu a lei, queimou incenso (tarefa que não era permitida), não tirou os altos de sacrifícios e trazia a marca da lepra em sua testa.

O segundo reino é infinitamente superior. Pra começar, este Rei não domina só a engenharia mas é conhecedor de toda ciência. Alusivo a força, é conhecido como Senhor dos Exércitos e nunca perdeu uma batalha. Não é somente bom na construção, mas formou e fundou o mundo e tudo que nele há. Não é responsável só pela agricultura, mas pela Árvore da vida.

Mais tarde, através de seu Rei revelado em forma humana, veríamos um Homem perfeito, que entrou no templo, cumpriu a lei, se ofereceu em holocausto para salvar o pecador e trazia consigo as marcas do amor cravadas em suas mãos.

Morto o rei deste mundo há espaço para a revelação de um Rei que, quando entre nós, deixou bem claro que o seu Reinado não era para essa vida mas para uma vida eterna. A escolha de qual reino quer viver é sua. Faça a boa escolha.

sexta-feira, 6 de março de 2020

É preciso ser homem!


Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, Hebreus 11:24


O livro de Números começa com uma ordem de Deus para que fossem contados os homens que saíssem a guerra. Crianças? Crianças não!


Paulo escrevendo aos Coríntios menciona sobre aqueles que são “meninos” em Cristo e que foram criados com “leite”.


Já o escritor de Hebreus, inspirado pelo Espírito Santo, afirma que a decisão que mudou a vida de Moisés fora tomada quando este era grande.


Ser um servo de Deus exige decisões e responsabilidades de homem. Não estou a dizer sobre uma idade específica, mesmo porque, há crianças que tem mais caráter que muitos adultos.


Mas é preciso ser homem pra dizer não ao pecado, pra resistir ao mundo, pra tomar a decisão de negar o Egito (mundo) e não ser criado pela filha de faraó com seus costumes, com seu jeito de falar, vestir, com sua cultura. A cultura egípcia era a mais influente do mundo na sua época. E daí? Não servia para Moisés.


Somente quando foi grande ele pode tomar essa decisão que mudou sua vida. Quando você vê alguém que frequenta há anos a presença do Senhor mas continua com seus vícios, suas mentirinhas, seu vitimismo, que rejeita a exortação, o ensino, saiba, você está diante de uma criança. Talvez, por isso, Davi, antes de sua morte, dá um conselho interessante a seu filho Salomão: "sê homem!"

terça-feira, 3 de março de 2020

Ímpio, falso e verdadeiro Cristão


... Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. Jo 20:2b
Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. Jo 20:8
Maria Madalena vai cedo ao sepulcro visitar o seu querido “deus morto”. Não espere, caro leitor, que eu use uma expressão diversa. Se fosse para encontrar um Jesus Vivo não teria ido ao sepulcro e menos ainda se entristecido / assustado ao vê-lo vazio.

Dois discípulos saem apressadamente para averiguar se a mentira romana do roubo do corpo de Jesus - agora propagada por um membro dos próprios cristãos - era verdade. Ao chegar ao local a Palavra diz que eles viram e creram. Viram um sepulcro vazio e creram na ressurreição. Maria Madalena viu o sepulcro vazio e creditou um crime.

Ímpios e cristãos normalmente convivem com as mesmas situações e condicionantes. Ambos desfrutam do sol, da chuva, e para não ser repetitivo em fazer enumerações, de toda sorte de graças produzidas pela criação de Deus. Também passam por iguais dificuldades como enfermidades, desemprego, morte. A diferença é que o ímpio prefere crer na explicação do poderio romano atual. O falso cristão se inclina a sua razão e, por vezes, usa a boca pra propagar aquilo que não edifica a fé. O verdadeiro Servo do Senhor Jesus vê nas bençãos e dificuldades a mão de Deus e crê na promessa: Aquele que venceu a morte, ressuscitou,  vai voltar!

segunda-feira, 22 de julho de 2019

A oferta de José de Arimateia a Jesus



E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se. Mt 27:60

José de Arimatéria é chamado no evangelho segundo João como “discípulo oculto”. Talvez, essa não fosse uma nomenclatura elogiosa, já que o próprio Jesus havia dito que não se acende uma candeia para colocar debaixo de um cesto. Além de citado como homem rico, não há muitas outras informações a seu respeito.

Nosso personagem ficou conhecido por colocar Jesus num sepulcro e foi-se. Não mais aparece nos registros bíblicos.

Deve ter dado muito trabalho abrir um sepulcro na pedra. Um esforço enorme, sendo que naquela época, ferramentas e máquinas não eram tão avançados como nos nossos dias.

Não é difícil de perceber que todo o esforço humano serve única e exclusivamente para se cavar um sepulcro na pedra da vida. Toda riqueza de “Arimateia” lhe permitiu cavar um sepulcro. Novo para quem tinha e tem dinheiro. Usado para os menos abastados financeiramente. Tanto faz, todo homem caminha pra lá.

Foi isso que José de Arimateia ofereceu a Jesus: o lugar que lhe pertencia (José), que era dono por legitimidade, tanto por sua compra financeira, tanto por seus pecados. Bem certo que não entendeu este grande mistério. A grande troca que o Filho de Deus veio fazer conosco.

Talvez, ainda, se alguém perguntasse aquele homem se ele conhecia Jesus, numa conjectura, poderia dizer que tanto conhecia que O tinha dentro de um sepulcro particular: um Jesus que não fala, não aconselha, não age, não muda vidas.

O Cristo que anunciamos não é Aquele que pode ser carregado, levado, jogado num túmulo e nada pode fazer. O Jesus que anunciamos é Aquele que ressuscitou, venceu a morte e nos garantiu que o túmulo não é o lugar Dele e nem daqueles que lhe servissem. Amém.