sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Que em 2017 ...

E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles. Lc 06,12 -13.

Normalmente, levados pela mídia e pelos acontecimentos sociais, fim de ano é hora de parar pra pensar como foi o 2016 e repensar os planos para 2017. É a dieta que não saiu do papel, a poupança que não foi iniciada e o carro que não foi trocado. É assim mesmo...quase pra todo mundo...É um tempo também que aumentam os pedidos a Deus. Talvez, Ele nunca tenha ouvido tantos pedidos e promessas quanto ouça nos últimos dias do ano. O mal não está nos pedidos. O problema é que muitos pedidos não continuarão a ser feitos em forma de orações durante o ano.

Lembrei-me ontem do texto em questão. Jesus passou a noite toda no monte em oração. Ao amanhecer do dia, vai escolher seus discípulos. Escolheu Judas. Aquele que o trairia tempos depois. Teria o mestre errado em sua escolha? Falhou a oração?

Não! Ao descer do monte Jesus tinha a certeza do projeto que o Pai lhe confiara. E o projeto de Deus é o melhor para o homem.

Sem entender nada de Bíblia, projeto, salvação, num pensamento simplório, concebe-se que a eleição para o apostolado de Judas fosse um erro. Mesmo assim, caro leitor, ouso te perguntar se a tristeza pela traição de Judas não fora suprimida ao ver a obra que foi gerada no coração dos outros onze apóstolos, que após o pentecostes, saíram a pregar as boas novas.

Fechando o texto então. Que possamos ter um 2017 de mais oração, mais busca e comprometimento com a obra do Senhor. Só assim, entenderemos os “judas” que passamos nesta vida e poderemos colher mais frutos para a eternidade. 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Deus dos montes ou dos vales?

Porque os servos do rei da Síria lhe disseram: Seus deuses são deuses dos montes, por isso foram mais fortes do que nós; mas pelejemos com eles em vales, e por certo veremos, se não somos mais fortes do que eles! 1 Reis 20:23
O seu Deus é Deus dos montes ou Deus dos vales?
Houve uma guerra entre Israel e a Síria com vitória para os primeiros. Revoltosos da derrota, procurando os porquês de sua queda, chegam a conclusão que perderam pois a luta se deu nos montes e os “deuses” de Israel são de montes, mas se a guerra se travasse no vale, o desfecho seria outro.
Inicia outra guerra, agora, no vale, contudo, o desfecho é igual: vitória dos israelitas. Isso se explica muito facilmente; a vitória de Israel não estava na quantidade, nas armas usadas ou nos melhores planos e estratégias, Israel venceu porque DEUS estava com eles.
Na Bíblia o monte é costumeiramente figurado como local de segurança. Deus manda Ló fugir para o monte ao sair de Sodoma. O salmista já dizia que “elevo os meus olhos para o monte” (era onde esperava socorro). Já o vale é conhecido como local de dificuldade. A maior delas, também é citada pelo salmista: Ainda que andasse pela vale da sombra da morte.
Não se espante. Assim como os Sírios julgavam que o Deus de Israel era somente dos montes, muitas pessoas também te veem assim. Dizem que você é crente pois tem uma boa família, emprego, carro, saúde, etc. Está seguro no monte. Mas questionam, “quero ver ir pra igreja, falar de Deus, andar com Bíblia se estiver no vale”. Assim, como Jó, sem família, saúde e bens, será que confirmam a fé?

Nesse momento irmãos é hora de fazer como Israel, ir e vencer. Nossa alegria é ultracircunstancial, não estamos ligados a relevos, terrenos, coisas ou bens materiais. Nossa alegria está no Senhor e dizer ao mundo com nosso testemunho: o nosso Deus é Deus de montes e de vales!

domingo, 4 de dezembro de 2016

O melhor investimento

O sábio Salomão, diz em Eclesiastes que “tudo é vaidade”, esta palavra nos passa a ideia do vazio resultante da vida distante de Deus; é algo sem sentido, fútil e trivial. Nesse sentido, tudo que o homem faça sem ter em vista a eternidade é vaidade. É algo que não tem valor permanente e no final leva a frustração.
Na busca pela felicidade, Salomão, procura ser estimulado pelo vinho; faz obras magníficas; edifica casas; planta vinhas; adquire servos e servas; amontoa prata e ouro, tesouros dos reis e das províncias; proveu-se de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens; e de instrumentos de música de toda espécie, mas tudo isso também não passou de vaidade.
O sábio rei chega à conclusão que essas coisas não podem trazer sentido para a vida, ao riso disse: Está doido; e da alegria: De que serve esta? (v.2). A verdade é que o sentido da vida está em coisas simples:
Não há nada melhor para o homem do que comer e beber e fazer com que sua alma goze do bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de Deus” ( Ec 2. 24)
Portanto, deixemos de ter uma vida vazia e “busquemos as coisas que são de cima” (Cl 3.1), invistamos n’um reino que não é deste mundo, sabendo que teremos uma recompensa ( 1 Co 15.58) que nunca nos será tirada (Lc 11.42).

Pedro Veiga

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Mensagem aos Aspirantes 2016

O coração do homem considera o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos; Pv 16, 09
Ao contrário do que alguns pensam, a queda do homem no jardim do Éden não começa com a figura do inimigo, transvestido de serpente, oferecendo uma maçã a companheira de Adão. Sua proposta não fala em maçã e é bem maior. “Torná-los como Deus” (Gn 03, 05).
Essa proposta acompanha o homem durante toda sua trajetória. É de fato tentadora e por isso o homem se adapta tão fácil a tudo que o coloque como centro do universo. Daí surgem o antropocentrismo, a teologia cristã liberal, e segue relação.
Se descobrir os mistérios da criação do mundo, dominar as galáxias, conhecer curas ou fórmulas e métodos que afastam o homem da morte trazem a falsa sensação de dominar o poder da vida e sentir-se “deus de si”, o medo do desconhecido, do simples amanhã que te espera ou do fato de não dominar escolhas que virão sobre sobre sua vida afligem a alma do homem.
Todo este contexto, meu nobre amigo aspirante, é pra te dizer que sim, nós tentamos dominar os fatores possíveis sobre nossa carreira, estudar o máximo para voltar para casa, bons relacionamentos, contatos, etc, mas...
Em palavras mais simples e claras; da noite para o dia RPMs são criadas, Cias viram batalhões e onde não tinha vaga pra você agora tem. Pra você que contava com uma vaga certa, um mais antigo a ocupou. De certo, mesmo, é que fizemos dois anos de planos segundo o nosso coração mas agora veremos que prevalecerá a vontade Daquele que guia nossos passos. E que bom que é assim, pois, ainda que agora você possa não compreender, independente para onde formos mandados, verdadeiramente, para as coisas do nosso Senhor podemos dizer: "lá na frente você vai entender..." e  completar: "... e foi o melhor"!!! 

domingo, 20 de novembro de 2016

Manifestações do Sagrado

A Bíblia não faz distinção entre religioso e secular, esse é um conceito moderno. Faz, entretanto, distinção entre santo e profano.
De uma maneira geral podemos entender “santo” como consagrado, estar separado, posto à parte (do mundo). O santo se coloca em oposição ao profano que, também de modo geral aplica-se ao que está fora do templo.
O par sagrado-profano é posto em relação ao par pureza-impureza e todo o povo de Deus é convocado à santidade, o que significa ser separado para Ele.
O povo da Bíblia não tem qualquer problema com esses conceitos, para eles o sagrado é o real e, por isso, eles convivem com essa realidade o tempo todo.
Abrão recebe um comando para sair do meio de sua parentela e obedece. O SENHOR fala com ele e não há espanto. O SENHOR e dois anjos aparecem para Abraão nos carvalhais de Manre, ele se prostra e os oferece hospitalidade. Jacó luta com o Anjo do Senhor e lhe diz: “só te deixarei ir se me abençoares”.
A mulher de Manoá, mãe de Sanção, se encontra com um anjo e não se espanta. Gideão recebe a saudação do Anjo e conversa com ele sem estranhar.
Jesus se depara com pessoas atormentadas por demônio o tempo todo.
Estando Pedro e outros apóstolos em prisão, apareceu-lhe um anjo do Senhor e abriu-lhe a porta do cárcere e eles saíram sem pensar duas vezes.
As pessoas da Bíblia não se espantam com o sagrado. Na verdade, elas vivem essa dimensão.
No século XIX, houve uma reviravolta na teologia surgindo a Teologia Liberal, com impacto principalmente entre os protestantes.
Com dificuldades para se posicionar em razão das críticas do Liberalismo, os teólogos tentaram retirar da religião todos os elementos metafísicos, reduzindo-a aos aspectos éticos. A essência do cristianismo, para eles era ser uma expressão moral humanitária.
Todos os esforços foram realizados para conciliar religião e razão, cristianismo e modernidade. O efeito de todo esse esforço liberal foi produzir em nós um ceticismo em relação às manifestações do sagrado.
Quando alguém diz que o “o SENHOR falou” ou o “ESPÍRITO SANTO me revelou” ou “tive um sonho” ou “visão”, imediatamente é posto em suspeição e passa ao descrédito: “a esse respeito de ouviremos outra hora” (Atos 17:32).
Nesse momento da história, escolhemos ignorar o sagrado atribuindo-lhe a categoria de mito ou superstição. Problemas espirituais são tratados com muita medicação e conversa e enquanto você vai lendo este texto (se não o abandonou na metade), eu vou sendo arrastado dentro de sua mente para alguma categoria como “fanático”, “supersticioso”, ”atrasado”, ”maluco”...
Cel QOR Cícero PMMG

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O que é ser bem aventurado?

Texto: Mt 5.11 e12
Sempre que medito no Sermão da Montanha, fico a pensar nas “bem-aventuranças”. O texto expressa que são bem aventurados “os que sofrem perseguição por causa da justiça” (v.10) e os injuriados e perseguidos por amor ao Senhor Jesus Cristo (v.11) ...
É interessante que sempre falamos que o termo “bem-aventurado” significa feliz. Todavia, observação importante traz a nota de rodapé da Bíblia de Estudo Palavras-Chave, que alerta para o fato de felicidade está associada a circunstâncias favoráveis, já bem-aventurado (gr. “makarios”) significa estar plenamente satisfeito e esta satisfação não está relacionada com circunstâncias favoráveis, mas é resultado da habitação do Espírito de Cristo na vida do indivíduo.
O salmista Davi faz o seguinte clamor: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário” (Sl 51.12). Nós somos bem-aventurados quando temos esta alegria.
Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas. Todavia, eu me alegrarei no Senhor e exultarei no Deus da minha salvação. (Hb 3.17, 18).

Esta é a postura de uma pessoa bem-aventurada, portanto, mesmo que você esteja no vale, passando por momentos de densas trevas, lembre-se que nada pode nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus. Pense nisso!
Pedro Veiga.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Deus está no controle

Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras. João 21:18

Hoje alguns colegas de profissão estão se formando. Ontem saiu a designação para onde iriam. A frustração levou muitos às lágrimas. Uma vida construída em um lugar, mas para lá, não voltarão...
É triste? Sem dúvida alguma, mas para quem serve a Deus podem e devem encarar de uma outra forma.
Jesus deixa claro a Pedro que enquanto fosse moço (neófito, imaturo, sem entendimento do Projeto de Vida Eterna) ele iria para onde queria, para onde achasse melhor, mas quando fosse velho (experiente, provado, com entendimento da Vida), alguém estenderia a mão e levaria para onde não quisesse.

Amigos, talvez estejam sofrendo por não ir onde querem, mas vejam, Deus tem um projeto muito maior. Deixe que Ele conduza suas vidas. Não foi o Estado quem pegou em suas mãos a fórceps. Foi um Deus que tem marcado em suas mãos a nossa Vitória. Ele te cingirá e te levará para um PROJETO muito maior, ainda que hoje não possam compreender.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Serve-te de ires com os teus servos


E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei. II Rs 06, 03

Os filhos dos profetas tinham um problema: precisavam de um lugar para habitar. Ao invés de murmurarem, sentarem-se a lamentar reclamando da sorte, chegaram diante de Eliseu já com a proposta que solucionaria o impasse. Contudo, as boas intenções nem sempre se mostram a solução mais correta. A Bíblia já nos adverte que há caminhos que ao homem parecem bom mas o fim é a morte.

O fim daquele caminho não era morte, mas o trabalho que levaria a solução do problema habitacional reservou uma triste situação. Um dos operários durante o corte autorizado das árvores veio a perder o machado que caiu dentro d'água. Não bastasse o prejuízo, o machado nem era do pobre trabalhador... O que seria motivo para uma "justa causa" tornou-se em uma operação de maravilhas. Eliseu faz flutuar o machado e confirma mais uma vez diante dos filhos dos profetas a unção que estava sobre si.

Não quero ressaltar hoje a proeza de Eliseu, o valor do machado ou a bem bem-aventurança dos filhos dos profetas em serem proativos. O que me chama atenção nesta história é: "E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei". O trabalho era simples: cortar árvores. Não tinha o que dar errado. Mas a Bíblia registra que “um”, que nem o nome registrado foi, não contenta-se com a autorização de Eliseu para o trabalho, mas antes, chama-o para ir junto.

É pouco perguntar a Jesus se podemos comprar uma casa. Precisamos que Ele venha morar conosco. É pouco perguntarmos a Deus se podemos comprar um carro. Precisamos que Ele nos acompanhe na viagem... O grande diferencial não é ser um grande identificador de problemas, um proativo trabalhador ou um “aparecido” funcionário. O importante é chamar Aquele que pode resolver qualquer que seja o problema que surgir. E a bênção maior é ouvir do Senhor: Eu irei!!!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O que fazes em Babilônia?

E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; Dn 01, 08a

Essa é uma pergunta que, literalmente, caberia a Daniel responder.  Hoje, espiritualmente, cabe a nós.

O que fazer em um lugar onde os editos reais não lhe são favoráveis? Um lugar em que os leões parecem querer lhe tragar, onde se é lançado às covas todos os dias e onde até seus amigos estão sendo enviados às fornalhas (isso quando você não vai junto)? O que fazer quando se está fora da sua terra, da sua parentela? O que fazer nesse lugar?

Tem gente que acha que Babilônia, berço de grandes conhecimentos científicos, filosóficos, bélicos, é lugar para se formar príncipe dela e desfrutar de tudo isso. Aproveitar dos manjares babilônicos e das festas. Não, Babilônia é local da prova e lembre-se, não é seu lugar, não é lugar para quem tem uma terra por herança, pra quem decididamente voltará para uma terra prometida: Jerusalém celestial.


Não se contamine. Sua fidelidade está à prova! Não olhe superficialmente pra tudo que está acontecendo. Não creia que Deus te abandonou à própria sorte. Ele está guardando você e tem planos muito maiores pra sua vida. Creia!