A
Bíblia não faz distinção entre religioso e secular, esse é um
conceito moderno. Faz, entretanto, distinção entre santo e profano.
De
uma maneira geral podemos entender “santo” como consagrado, estar
separado, posto à parte (do mundo). O santo se coloca em oposição
ao profano que, também de modo geral aplica-se ao que está fora do
templo.
O
par sagrado-profano é posto em relação ao par
pureza-impureza e todo o povo de Deus é convocado à
santidade, o que significa ser separado para Ele.
O
povo da Bíblia não tem qualquer problema com esses conceitos, para
eles o sagrado é o real e, por isso, eles convivem com essa
realidade o tempo todo.
Abrão
recebe um comando para sair do meio de sua parentela e obedece. O
SENHOR fala com ele e não há espanto. O SENHOR e dois anjos
aparecem para Abraão nos carvalhais de Manre, ele se prostra e os
oferece hospitalidade. Jacó luta com o Anjo do Senhor e lhe diz: “só
te deixarei ir se me abençoares”.
A
mulher de Manoá, mãe de Sanção, se encontra com um anjo e não se
espanta. Gideão recebe a saudação do Anjo e conversa com ele sem
estranhar.
Jesus
se depara com pessoas atormentadas por demônio o tempo todo.
Estando
Pedro e outros apóstolos em prisão, apareceu-lhe um anjo do Senhor
e abriu-lhe a porta do cárcere e eles saíram sem pensar duas vezes.
As
pessoas da Bíblia não se espantam com o sagrado. Na verdade, elas
vivem essa dimensão.
No
século XIX, houve uma reviravolta na teologia surgindo a Teologia
Liberal, com impacto principalmente entre os protestantes.
Com
dificuldades para se posicionar em razão das críticas do
Liberalismo, os teólogos tentaram retirar da religião todos os
elementos metafísicos, reduzindo-a aos aspectos éticos. A essência
do cristianismo, para eles era ser uma expressão moral humanitária.
Todos
os esforços foram realizados para conciliar religião e razão,
cristianismo e modernidade. O efeito de todo esse esforço liberal
foi produzir em nós um ceticismo em relação às manifestações do
sagrado.
Quando
alguém diz que o “o SENHOR falou” ou o “ESPÍRITO SANTO me
revelou” ou “tive um sonho” ou “visão”, imediatamente é
posto em suspeição e passa ao descrédito: “a esse respeito de
ouviremos outra hora” (Atos 17:32).
Nesse
momento da história, escolhemos ignorar o sagrado atribuindo-lhe a
categoria de mito ou superstição. Problemas espirituais são
tratados com muita medicação e conversa e enquanto você vai lendo
este texto (se não o abandonou na metade), eu vou sendo arrastado
dentro de sua mente para alguma categoria como “fanático”,
“supersticioso”, ”atrasado”, ”maluco”...
Cel
QOR Cícero PMMG
Que maravilha!!!!!
ResponderExcluirDesse modelo...
Um cristianismo que quer APAGAR o SANTO, o SAGRADO, para que a IGUALDADE entre SANTO e PROFANO, não se diferencie.
Muito bom!!!
Vou postar no meu Blog.
Um abraço na Paz do Senhor Jesus.
Você é parceira..rs..pode aproveitar quantas e quais mensagens que quiser. Será sempre um prazer ver a Palavra de Deus se difundir por outros meios e caminhos.
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