segunda-feira, 27 de julho de 2015

JESUS: EU SOU.


“A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo”. João 4:25-26.

Vemos nesta passagem bíblica que Jesus diz a mulher samaritana que Ele era o Cristo. Ele disse: “Eu o sou”. Jesus era aquele que viria a redimir e libertar o povo. Ele era o Messias esperado. Interessante que Jesus diz: “Eu o sou”. Deste modo, sabemos que a expressão: “Eu sou” foi dita por Deus primeiramente a Moisés. Jesus se coloca então como Deus. Jesus se apresenta como Aquele que é. A faceta da divindade de Jesus é revelada. Por isso que Jesus certa vez disse: “Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele”. Mas, o que foi que Moisés escreveu sobre Ele? Podemos encontrar no livro de Deuteronômio: “Eu lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar”. Mas, a expressão “Eu Sou”, foi a resposta que o Senhor deu a Moisés. Moisés também fez uma pergunta a Deus: “Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?”. E Deus lhe respondeu: “Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.”
No texto acima, a mulher samaritana fala com Jesus: “Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo”. No que Jesus responde: Eu o Sou”. Jesus atribui a Si mesmo o título: “Eu Sou”. Jesus é Deus. E por ser o Eu Sou podemos ir até Ele que teremos nossas necessidades supridas.
Em João, vemos que Jesus se proclama: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu”. Jesus se intitula: “Eu Sou a Luz do Mundo”. Jesus alimenta a nossa alma e ilumina o nosso caminho e todas as nossas veredas. Jesus diz: “Eu Sou a Porta” e também fala: “Eu Sou o Bom Pastor”. Jesus nos abre um novo horizonte, novas perspectivas e apascenta o nosso coração.
Certa vez os judeus lhe perguntaram: “Ainda não tens cinquenta anos e viste a Abraão?”. E Jesus respondeu-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou”. Jesus é Eterno e perdura para sempre. Sabemos que Jesus é a Ressurreição e a Vida. Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ele é a Videira Verdadeira. Todos estes títulos podemos encontrar na Bíblia.
Mas, o fato de sabermos que Jesus é o Eu Sou traz inúmeros benefícios para a nossa vida.
Portanto, um dos benefícios que temos quando acreditamos que Jesus é o Eu sou, pode ser visto na ocasião que os oficiais dos principais dos sacerdotes e fariseus foram buscar a Jesus para o prenderem e foram com lanternas, archotes e armas. Jesus quando os viu, perguntou: “A quem buscais?”. E eles responderam: “Jesus Nazareno”. Quando Jesus respondeu: “Eu sou”, a palavra nos mostra que todos eles recuaram e caíram por terra porque Jesus disse: “Eu Sou”.  Isto é sublime para os nossos corações. Nós temos que entender uma coisa muito clara. Algumas vezes em nossas vidas, nos sentimos perseguidos ou duramente afligidos. As situações ou pessoas vêm contra nós com diversas armas. Armas verbais, ataques, perseguições, dureza, calúnia, difamações, humilhações, agressões. E tudo isto para nos prender. Parece muitas vezes que não há uma saída ou solução aparente. Contudo, quando o nome de Jesus é vivo em nossa vida. Quando Jesus se manifesta, temos que entender uma coisa, todas as armas do adversário, todos os seus recursos contrários, todas as oposições e ataques caem por terra ao ouvirem que Jesus é o Eu Sou. O Deus vivo e poderoso. A mulher samaritana iria entender isso, e nós também temos que entender o quão poderoso Ele é.
Em outra ocasião, os discípulos atravessaram o Mar da Galiléia em direção a Cafarnaum. E já era escuro e Jesus ainda não havia chegado até eles. Jesus tinha subido ao monte para orar. E o mar se levantou, um grande vento soprava. Então, eles viram um homem caminhando sobre o mar e que se aproximava do barco. Eles começaram a temer. Aquilo que não era normal ou esperado. Então Jesus disse a eles: “Eu sou. Não temais”. E os discípulos ficaram tranquilizados e o receberam no barco. Assim, este é outro singular benefício que temos quando entendemos que Jesus é o Eu Sou. Muitas vezes em nossas vidas, no barco da nossa existência, o mar começa a se agitar. O mundo fica mais difícil do que é. O grande vento da adversidade e das provas começam a soprar fortemente. O vento começa a soprar no nosso local de trabalho, em nossa família, na nossa saúde e até mesmo na nossa mente. Começamos a ficar atemorizados e espantados. Contudo, não há razão para temer. Porque existe um que é o Eu Sou. Ele é capaz de andar por cima de todas as nossas dificuldades. Ele caminha acima de todas as nossas provas. Ele caminha para vir até ao nosso encontro e dizer: Eu sou, não temais”. Porque Jesus é, nós não precisamos temer. Não seremos tragados pelo mar. Não seremos levados pelos ventos da vida. Jesus é o Eu Sou. Ele nos traz esperança. Ele nos dá confiança.
Na verdade, homem nenhum conseguiria caminhar pelo Mar. Mas o Eu Sou consegue. Jesus é o Eu Sou. Todos temos a oportunidade de termos o EU SOU na nossa vida. Ele está presente e se dispõe a estar na sua vida. Cabe a nós, entendermos que precisamos Dele, e compete a nós também proclamarmos que Jesus é o Eu Sou. Que Deus nos abençoe.

Autor: L.V

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Dinheiro e Poder

      Vivemos profeticamente os últimos dias que antecedem a volta de Jesus e parece que a natureza humana, na sua essência animalesca, esta se exteriorizando com maior ênfase. Talvez você esteja associando o texto anterior à intensa violência que estamos vivendo, mas a mesma é consequência, como a maioria dos atos perversos sociais. A verdadeira causa é o que o Apóstolo Paulo diz ao seu filho na fé, Timóteo (I Tm 6:10) “que o amor ao dinheiro é a raiz de todas as espécies de males”. Percebe-se que o homem perde todos os princípios de amizade, ética e outros valores para obtê-lo a qualquer custo e também pelo poder, ainda que efêmero, pois tudo passa.
       Assim, lembramo-nos de alguém que amou mais as moedas de prata e o poder desse mundo do que o seu Senhor. Judas era de Escariotes, dai o seu nome. Era especial. O único discípulo que não era galileu. Certamente não tinha suas mãos calejadas pelo puxar das redes e nem precisou acordar cedo para a pesca como alguns outros discípulos. Não tinha a pele tostada pelo sol árduo e possivelmente deveria usar até luvas para não se contaminar ao contar às moedas que tilintavam na sua bolsa. Queria o enriquecimento ilícito, o conforto sem esforço e com certeza de ser um dos ministros no possível reino de Jesus em Israel e de preferência em todo o mundo da época.
       Era um dos mais dignos de confiança. Era o tesoureiro dos parcos recursos financeiros daquele bando de contestadores do império romano e da casta sacerdotal que dominava em Jerusalém.
       Juntamente, com os outros discípulos tinham muita esperança em Jesus. Não de ser o Messias, mas na implantação do Reino ocupar um cargo importante e com isso aumentar os recursos financeiros que o mesmo contabilizava. Seria quem sabe, o Ministro da Fazenda e os desvios poderiam ser bem maiores. Na verdade, podemos dizer que era amigo do reino, dos cargos e não de Jesus. Como muitos na atualidade. Mudam de lado a depender dos ventos ou das oportunidades.
Mas, à medida que a missão de Jesus se aproximava da morte e que a conversa do Mestre era outra, tanto ele, como alguns outros discípulos sentiram medo e ficaram desapontados. Os cargos que desejavam ocupar não seriam mais possíveis. Não sabemos qual foi o verdadeiro motivo, mas uma coisa é certa, rapidamente mudou de lado e como dizem de casaca. Sua atitude foi a de muitos nesta hora. Negociar os votos, os pontos de tráfico, o poder, a negociata. Deve ter sentado à mesa com os chefes dos sacerdotes e discutido em alto nível, as escondidas, o valor da traição. Eles, os sacerdotes, estavam a planejar um modo de se livrarem de Jesus para também não perderem os seus postos e as suas mordomias. Não importavam se estariam matando de forma cruel um inocente como muitos morrem na atualidade nas filas dos hospitais ou nas estradas mal construídas. O importante era manter o poder pelo poder. Judas ofereceu a esperta solução nos bastidores, longe das câmaras ou mesmo de testemunhas. Perguntou-lhes: “Quanto me dão por ele”? Era uma mercadoria e não uma vida humana. Deram trinta moedas de prata. Preço de um escravo. E o recurso nem era deles, mas, do tesouro do Templo. Isto é, pagaram a traição com o dinheiro doado pelo povo. Mera coincidência com os dias atuais.
       Algo é evidente, Judas não foi um fantoche nas mãos de Deus para levar a cabo o seu propósito. Tomou a decisão consciente tendo decidido agir como agiu. Como na atualidade não há inocentes, mas supostamente espertos.

       É interessante que durante a última ceia os discípulos perguntaram a Jesus: “Serei eu, Senhor (que te trairá?)”. Todos fizeram esta pergunta exceto Judas que a fez da seguinte maneira: “Serei eu, Rabi?”. Nesta expressão esta sintetizada toda a falha da sua conduta: Não reconhecia Jesus como Senhor, apesar de viver com ele todo o seu ministério de sinais e maravilhas. O poder daqui de baixo, da terra, dos homens falou mais alto ao seu coração, pois teve Jesus como mestre e não como o Senhor da vida e dos valores eternos. Valorizou mais a vida terrena do que a Eterna. Na expressão do próprio Jesus: louco, esta noite te pedirão a tua alma e o que tens preparado para quem será? (Lucas 12:21). Onde estiver o seu tesouro alí estará também o vosso coração.

Autor: L.V.

domingo, 5 de julho de 2015

Sabedoria e Responsabilidade

Nem sempre é fácil por em prática a teoria que se aprende na igreja, pois há uma distância entre o saber e o fazer. O saber é o potencial que se tem dentro de si, enquanto o fazer é liberar esse potencial para mudar a realidade que nos cerca. Quando liberamos esse potencial através da prática da Palavra, damos o bom testemunho. E é esse bom testemunho que mostra a diferença entre os que servem e os que não servem ao Senhor.

Porém, esse testemunho às vezes é prejudicado pela falta de uso da razão ou sabedoria. Alguém diz: “estou sem fé”, mas não percebe que não está orando como deveria, não está lendo mais a Palavra como costumava fazer; outro murmura: “estou em crise financeira”, porém gasta mais do que ganha; um irmão perde a paciência e se envolve em uma briga, mas se esquece que a palavra nos manda cultivar um fruto do Espírito chamado mansidão; outra pessoa confessa que voltou ao vício, mas talvez nunca foi liberta.

O mais difícil não é aprender o ensinamento, mas sim absorvê-lo e viver uma vida mais condizente com aquilo no que se crê; é usar a razão para compreender melhor a causa do problema pelo qual estamos passando, pois como está escrito, “o conselho da sabedoria é: procure obter sabedoria; use tudo o que você possui para adquirir entendimento” (Proverbios 4:7).

A falta desse entendimento tem feito muitos cristãos “andarem em círculos” e, consequentemente, darem maus testemunhos. Em vez de assumirem a própria responsabilidade e neutralizar a causa do mal que lhes acomete, ficam colocando a culpa nisso ou naquilo ou até mesmo ignorando o problema. Não se importam com o mal exemplo que dão e depois ainda querem pensar que sofrem críticas ou perseguição. Fazer-se de vítima é mais fácil que assumir a responsabilidade e corrigir o erro.  

Hoje, qual o conselho da sabedoria para você? 

Francisco - SP