quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dialogo no ventre

No ventre de uma mulher grávida dois gêmeos dialogam:
- Você acredita em vida após o parto?
- Claro! Há de haver algo após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Afinal como seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a nossa boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Além disso, andar não faz sentido pois o cordão umbilical é muito curto.
- Sinto que há algo mais. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita em mamãe? Se ela existe, onde ela está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela não existiríamos.
- Eu não acredito! Nunca vi nenhuma mamãe, não existem provas científicas que ela exista, por isso é claro que ela não existe.
- Bem, mas ás vezes quando estamos em silêncio, posso ouvi-la cantando, ou senti-la afagando nosso mundo. Eu penso que após o parto, a vida real nos espera; e, no momento, estamos nos preparando para ela.
Agora, te pergunto: Você acredita em vida eterna?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não faltou água...

Êxodo - Capítulo 17

6: Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel.


Durante a caminhada dos israelitas pelo deserto rumo a terra prometida, houve dois momentos que faltou água e o povo obedeceu a voz do Senhor. O primeiro momento foi quando chegaram a Mara, na verdade, havia água, mas eram amargas. Deus então providencia o lenho que é lançado nas águas e elas se tornam boas para o consumo. O segundo momento foi quando o povo saiu do deserto de Sim. Faltou água no meio do caminho. Deus orienta que ferisse a rocha, e dela saiu água para o povo.

Esses dois momentos representam a história do povo de Deus. O primeiro está relacionado ao povo de Israel. Para eles, havia água (águas da salvação), porém eram amargas. Eram tantas leis, tantas ordenanças, tantas imposições criadas pelos homens, grandes religiosos, que isso tornou-se um fardo para eles. Conheciam a Deus, e Deus queria se revelar ao povo, porém, com tantas obrigações, isso se tornou difícil e amargo. A solução foi a figura do lenho que representa a Jesus. Jesus, como simples homem veio a este mundo e absolveu toda amargura que havia. Foi o único que conseguiu cumprir toda a lei e deixou sua graça, sua virtude. Durante cerca de três anos do seu ministério, salvou, curou, abençoou, consolou, enfim, toda sorte de benção foi distribuída ao povo, que agora viram as águas amargas se tornarem “doces”.

O segundo momento do povo no deserto é uma figura da igreja. Nós não tínhamos água, não conhecíamos ao Senhor, mas depois que a rocha foi ferida, depois que Jesus foi crucificado na cruz do calvário, dele saiu águas da salvação que chegaram a nós. É o Espírito Santo que hoje está sendo derramado sem medidas, fazendo que muitos provem dessa maravilhosa água.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Herodes e seu reino

Mateus - Capítulo 14

7: Por isso prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse;
10: E mandou degolar João no cárcere.

Herodes foi um rei que fez uma promessa ousada: prometeu à filha de Herodias tudo que ela lhe pedisse, até mesmo a metade do reino. Herodias então, aconselhada por sua mãe, pede ao rei a cabeça de João Batista. A bíblia fala que o rei até se afligiu diante daquele pedido, não esperava tal situação, mas devido ter feito a promessa na frente de muitos, cumpriu o prometido.

Nós temos um reino a administrar. O reino da salvação. Foi comprado com sangue inocente e precioso e entregue a nós. Mas veja bem, o reino é do Senhor, é de Jesus, nós somos apenas mordomos. O maior beneficiário do reino somos nós mesmos.

Herodes deu ouvido a filha de Herodias por causa de uma dança que o agradou. O inimigo nesta última hora tem oferecido pratos cada vez mais saborosos aos olhos humanos. Visa atacar a fragilidade do homem, qual seja, a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida. Muitos tem aberto mão de parte do reino por causa da carne.

Mas a astúcia do adversário vai além. Se ela pedisse metade do reino, Herodes ainda ficaria com a outra metade, por isso ela pede a cabeça de João Batista. Seria mais um homicídio, não fosse uma característica daquele homem: era profeta.

O profeta é aquele que fala por parte de Deus. Quando ele cortou a cabeça de João Batista o rei Herodes perdeu completamente a oportunidade de ouvir a voz do Senhor. O homem quando dá ouvidos a sua carne, ele cala o Espírito Santo e é aí que perde o reino.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Voluntariamente ao Senhor

I Cr 29
9: E o povo se alegrou porque contribuíram voluntariamente; porque, com coração perfeito, voluntariamente deram ao SENHOR; e também o rei Davi se alegrou com grande alegria.

Quase 500 anos após a reforma protestante, é triste ver que o evangelho ainda tem uma crescente negociação com Deus. O que Martinho Lutero lutou para apagar da história (venda de indulgências, pedaço da cruz de Cristo, salvação pelas obras entre outras heresias), tem sido hoje muito bem aceito pelos cristãos. É um evangelho econômico, capitalista em sua essência, onde a cada dia uma porta de garagem vira uma empresa, administrada por ricos patrões, mantida pelo povo que está muito satisfeito com a casa de aposta que descobriu. (pode parecer duro de ler mas é ainda mais triste de se ver).

Todavia, me alegra saber que em meio a corrupção humana, entranhada desde os primórdios, paralelo a isso Deus preservou um povo. Povo escolhido, geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido... 1 Pe 2:9

Quando da construção do templo do Senhor no texto retromencionado, vemos que o povo se alegrou em fazer a obra voluntariamente. Não estavam negociando com Deus. Entendiam que precisavam daquela benção. Isso mostrava neles um coração perfeito. Alegrava a Davi.

Estamos a edificar nosso templo espiritual. É necessário que façamos isso para manutenção da nossa comunhão com Deus. É voluntario. Não damos nada ao Senhor, retribuímos o que Ele nos deu primeiro. Só O amamos porque Ele nos amou primeiro. É nisso que alcançaremos um coração perfeito. Alegraremos ao Senhor Jesus.