segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Mensagem aos Aspirantes 2016

O coração do homem considera o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos; Pv 16, 09
Ao contrário do que alguns pensam, a queda do homem no jardim do Éden não começa com a figura do inimigo, transvestido de serpente, oferecendo uma maçã a companheira de Adão. Sua proposta não fala em maçã e é bem maior. “Torná-los como Deus” (Gn 03, 05).
Essa proposta acompanha o homem durante toda sua trajetória. É de fato tentadora e por isso o homem se adapta tão fácil a tudo que o coloque como centro do universo. Daí surgem o antropocentrismo, a teologia cristã liberal, e segue relação.
Se descobrir os mistérios da criação do mundo, dominar as galáxias, conhecer curas ou fórmulas e métodos que afastam o homem da morte trazem a falsa sensação de dominar o poder da vida e sentir-se “deus de si”, o medo do desconhecido, do simples amanhã que te espera ou do fato de não dominar escolhas que virão sobre sobre sua vida afligem a alma do homem.
Todo este contexto, meu nobre amigo aspirante, é pra te dizer que sim, nós tentamos dominar os fatores possíveis sobre nossa carreira, estudar o máximo para voltar para casa, bons relacionamentos, contatos, etc, mas...
Em palavras mais simples e claras; da noite para o dia RPMs são criadas, Cias viram batalhões e onde não tinha vaga pra você agora tem. Pra você que contava com uma vaga certa, um mais antigo a ocupou. De certo, mesmo, é que fizemos dois anos de planos segundo o nosso coração mas agora veremos que prevalecerá a vontade Daquele que guia nossos passos. E que bom que é assim, pois, ainda que agora você possa não compreender, independente para onde formos mandados, verdadeiramente, para as coisas do nosso Senhor podemos dizer: "lá na frente você vai entender..." e  completar: "... e foi o melhor"!!! 

domingo, 20 de novembro de 2016

Manifestações do Sagrado

A Bíblia não faz distinção entre religioso e secular, esse é um conceito moderno. Faz, entretanto, distinção entre santo e profano.
De uma maneira geral podemos entender “santo” como consagrado, estar separado, posto à parte (do mundo). O santo se coloca em oposição ao profano que, também de modo geral aplica-se ao que está fora do templo.
O par sagrado-profano é posto em relação ao par pureza-impureza e todo o povo de Deus é convocado à santidade, o que significa ser separado para Ele.
O povo da Bíblia não tem qualquer problema com esses conceitos, para eles o sagrado é o real e, por isso, eles convivem com essa realidade o tempo todo.
Abrão recebe um comando para sair do meio de sua parentela e obedece. O SENHOR fala com ele e não há espanto. O SENHOR e dois anjos aparecem para Abraão nos carvalhais de Manre, ele se prostra e os oferece hospitalidade. Jacó luta com o Anjo do Senhor e lhe diz: “só te deixarei ir se me abençoares”.
A mulher de Manoá, mãe de Sanção, se encontra com um anjo e não se espanta. Gideão recebe a saudação do Anjo e conversa com ele sem estranhar.
Jesus se depara com pessoas atormentadas por demônio o tempo todo.
Estando Pedro e outros apóstolos em prisão, apareceu-lhe um anjo do Senhor e abriu-lhe a porta do cárcere e eles saíram sem pensar duas vezes.
As pessoas da Bíblia não se espantam com o sagrado. Na verdade, elas vivem essa dimensão.
No século XIX, houve uma reviravolta na teologia surgindo a Teologia Liberal, com impacto principalmente entre os protestantes.
Com dificuldades para se posicionar em razão das críticas do Liberalismo, os teólogos tentaram retirar da religião todos os elementos metafísicos, reduzindo-a aos aspectos éticos. A essência do cristianismo, para eles era ser uma expressão moral humanitária.
Todos os esforços foram realizados para conciliar religião e razão, cristianismo e modernidade. O efeito de todo esse esforço liberal foi produzir em nós um ceticismo em relação às manifestações do sagrado.
Quando alguém diz que o “o SENHOR falou” ou o “ESPÍRITO SANTO me revelou” ou “tive um sonho” ou “visão”, imediatamente é posto em suspeição e passa ao descrédito: “a esse respeito de ouviremos outra hora” (Atos 17:32).
Nesse momento da história, escolhemos ignorar o sagrado atribuindo-lhe a categoria de mito ou superstição. Problemas espirituais são tratados com muita medicação e conversa e enquanto você vai lendo este texto (se não o abandonou na metade), eu vou sendo arrastado dentro de sua mente para alguma categoria como “fanático”, “supersticioso”, ”atrasado”, ”maluco”...
Cel QOR Cícero PMMG

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O que é ser bem aventurado?

Texto: Mt 5.11 e12
Sempre que medito no Sermão da Montanha, fico a pensar nas “bem-aventuranças”. O texto expressa que são bem aventurados “os que sofrem perseguição por causa da justiça” (v.10) e os injuriados e perseguidos por amor ao Senhor Jesus Cristo (v.11) ...
É interessante que sempre falamos que o termo “bem-aventurado” significa feliz. Todavia, observação importante traz a nota de rodapé da Bíblia de Estudo Palavras-Chave, que alerta para o fato de felicidade está associada a circunstâncias favoráveis, já bem-aventurado (gr. “makarios”) significa estar plenamente satisfeito e esta satisfação não está relacionada com circunstâncias favoráveis, mas é resultado da habitação do Espírito de Cristo na vida do indivíduo.
O salmista Davi faz o seguinte clamor: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário” (Sl 51.12). Nós somos bem-aventurados quando temos esta alegria.
Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas. Todavia, eu me alegrarei no Senhor e exultarei no Deus da minha salvação. (Hb 3.17, 18).

Esta é a postura de uma pessoa bem-aventurada, portanto, mesmo que você esteja no vale, passando por momentos de densas trevas, lembre-se que nada pode nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus. Pense nisso!
Pedro Veiga.