Uma igreja morena

Não olheis para o eu ser morena; porque o sol resplandeceu sobre mim; (Cantares 01:06 a).

Infelizmente o Brasil ainda é um país racista. As pessoas tem muitos preconceitos a vários temas, inclusive, quanto à cor da pele. Não era para ser assim, afinal de contas, a miscigenação racial está atrelada ao nosso D.N.A, em maior ou menor proporção, mas está.

Assim como existe um “racismo” cultural, existe um religioso. Não falo aqui do preconceito que antes existia quanto aos evangélicos, mesmo porque, hoje, ser crente virou moda.

O que assusta é o temor de uma igreja morena, formada nas lutas. Quando tem terremoto, alguém diz “tá na Bíblia”, maremoto, “tá na Bíblia”, doenças, “tá na Bíblia”, mas quando surge uma luta interna, um escândalo, quando multidões não enchem a igreja, aí bate a tristeza, o desânimo e o “tá na Bíblia” é substituído por “vou sair”. Vou sair porque quero uma igreja branquinha (não à procura de santidade, mas sim de liberdade para o pecado), porque não quero orar tanto nem frequentar tantos cultos, não quero acordar de madrugada e muito menos fazer jejuns. Vou sair...

Ah, se já não estivéssemos avisados, talvez seria uma grande surpresa. Mas estamos.

As arenas e fogueiras do tempo passado formaram uma igreja morena e que assim continua, hoje graças a internet, a heresia e apostasia do nosso tempo. É tempo de clamor, de orar e de cumprir o que a igreja fiel disse ao Noivo, de não olhar para as lutas, que nos deixam morenos (a), mas de sentir o refrigério do Espírito Santo, nos preparando para as bodas.

Mensagem sugerida pela irmã Jéssica – Nordeste.